Inconseqüência

Nada melhor pra iniciar do que escrevendo sobre algo que tem me conturbado nesses últimos dias: Sentimentalismos fúteis.Quem nunca se “pegou” pensando naquele dia sublime com a garota que tanto desejara, com aquela amiga que, finalmente havia te dado uma indireta ou até mesmo com aquela namorada na qual você fizera de tudo para estar junto? Dias mais tranqüilos aqueles em que os sentimentos nos guiavam cegamente!

Dias muito tranqüilos! Ninguém sequer notava a podridão na qual vivemos, o quanto às pessoas são imundas por dentro e algumas até extravasam esse nojo. Era tão mais simples fechar os olhos, virar as costas a tudo e todos e inconscientemente ficar repetindo as mesmas mesquinhas palavras: - Eu te amo.

O Tal amor! Por fora tão delicado, bonito e ímpar, mas por dentro bruto, sujo e inconseqüente! Ao mesmo tempo em que constrói, ele destrói sem a menor piedade e compaixão.E dizem por aí que o amor é próximo ao ódio..mais ele é o próprio, tal como um lobo disfarçado entre as ovelhas, esperando o bote perfeito.

E o magnífico ser humano, estúpido a ponto de não ver o que se passa em baixo do próprio nariz. Todos estão sujeitos a viver tal decepção uma vez, mas repetir, repetir e repetir? A qual nível chegamos? Preferir a felicidade passageira e dor eterna? Morreremos todos um dia e enterrarmos conosco o afeto de inúmeras pessoas! É isso que todos procuramos?

Perguntas que sempre rodearam a humanidade, sempre sem respostas, pois um sentimento que nos leva a atos de extrema crueldade deveria ter sido extinto junto aos dinossauros. Mas a sina é que este sentimento tão pré-histórico nos rodeie sempre e sempre, até sermos completamente extintos por nós mesmos.